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            A Depressão é uma das doenças mais comuns. Acomete aproximadamente 10% da população atualmente e pode atingir quase 90% de todas as pessoas ao longo da vida. Traz inúmeros prejuízos sociais, com perdas econômicas por dificuldade em trabalhar e piora dos relacionamentos familiares. Por isto, seu reconhecimento e tratamento devem ser bastante eficazes.

A vida moderna tornou-se muito complexa. Com isto, a necessidade constante de adaptação e possibilidades de frustração leva as pessoas a se tornarem mais susceptíveis a Depressão.

Todas as faixas etárias podem ser acometidas pela Depressão. Na infância, sintomas atípicos como rebeldia, nervosismo e prejuízo no rendimento escolar podem sugerir a doença. A criança tem dificuldade em expressar de forma verbal seus sentimentos, por ainda não entendê-los de forma clara. Assim, uma avaliação minuciosa deve ser feita com os pais e demais familiares para identificar fatores estressantes e mudanças de comportamento da criança nos últimos meses.

O adolescente tem a necessidade de se adaptar rapidamente as modificações em seu próprio corpo e no seu ambiente cultural. Isto o torna vulnerável a vivenciar situações mal adaptativas que predispõe a Depressão. Os sintomas mais comuns nesta faixa etária são o isolamento social, a tristeza, baixa auto-estima, a rebeldia, iniciar o uso de cigarro, comportamentos de risco e prejuízo escolar. Podem ocorrer também em casos mais graves tentativas de suicídio.

No adulto, as expectativas de trabalho e realizações pessoais são temas importantes e suas frustrações são causas comuns de Depressão. O casamento conflituoso, o emprego estressante e a perda de pessoas queridas costumam serem focos de Depressão. O choro fácil, a perda de prazer em tudo, o desânimo, alterações do sono e apetite e vontade de morrer costumam ser os sintomas mais comuns. Também pode ocorrer ideação suicida em caso mais graves.

O idoso vivencia muitas perdas. São parentes e amigos falecidos, filhos que se casam e vão morar longe, a aposentadoria, as doenças que trazem prejuízo de locomoção costumam geralmente causar depressão. Uma das características marcantes da Depressão no idoso é a somatização dos sintomas afetivos. Assim, em quadros iniciais podem ocorrer apenas dores no corpo, falta de ar e alterações de apetite. O idoso com muitas queixas geralmente apresenta Depressão. Os homens idosos com Depressão correm grande risco de suicídio e seu tratamento deve ser feito o mais rápido possível.

Na Depressão ocorre uma atrofia de regiões cerebrais, como o hipocampo, levando a uma dificuldade de associar as vivencias de situações positivas com a sensação de prazer. Para a melhora é necessário aumentar o número de células nesta região do cérebro. Para isto, no tratamento da Depressão nada é melhor do que a associação de antidepressivos e psicoterapia. Grupos de auto-ajuda, técnicas de relaxamento, exercícios físicos, dentre outros podem ser coadjuvantes, mas não substituem a medicação e a terapia.

Dispomos hoje de dezenas de antidepressivos que devem ser avaliadas caso a caso pelo psiquiatra para melhor escolha. A medicação deve ser utilizada por um tempo aproximado de seis meses para que ocorra o aumento de células cerebrais. A retirada precoce da mesma pode predispor a recaída.

Dentre as técnicas psicoterápicas dispomos hoje de mais de 200 tipos! Boa parte delas é de difícil avaliação metodológica para testar sua eficácia. Duas delas tiveram sua eficácia comprovada no tratamento da Depressão: a Terapia Cognitiva Comportamental e a Psicoterapia Interpessoal. Comparando-se as duas técnicas, a Psicoterapia Interpessoal tem se demonstrado ser melhor e mais rápida.

A Psicoterapia Interpessoal (TIP) foi desenvolvida nos Estados Unidos há quase 40 anos por alguns psiquiatras que perceberam a importância das vivências interpessoais na Depressão. Identificaram quatro focos principais da Depressão através do inventário interpessoal e implementaram um método terapêutico de 12 à 16 sessões para o tratamento com ótimos resultados, comprovados por estudos científicos. Os quatro focos de depressão segundo a TIP são:

Luto: a morte de alguma pessoa querida pode gerar situações mal adaptativas e Depressão. A TIP trabalha os vínculos interpessoais para a melhoria da Depressão.

Transição de papéis: mudanças de vida podem gerar Depressão. A aposentadoria, o casamento, o divórcio e a perda de emprego são exemplos de transição do papel do sujeito na vida que podem ser focos da Depressão.

Tensões interpessoais: conflitos conjugais e no setor de trabalho podem gerar impasses que precisam ser elaborados para a melhora da Depressão.

Sensitividade Interpessoal: algumas pessoas têm dificuldades em manter vínculos afetivos íntimos e duradouros o que as torna mais susceptível a apresentar Depressão. A TIP auxilia a melhorar as relações interpessoais.

No Brasil dispomos de poucos psicoterapêutas aptos a trabalhar com a TIP. No interior de São Paulo pode-se ter acesso a TIP pelos cuidados do Dr. Juliano Flávio Rubatino Rodrigues com consultório localizado na Rua Francisco Giaxa, 429 Bairro Jardim Maria Izabel em Marília, tel: 14-3433-9673. Email: juliano@psicogeriatria.com.br.

Tratar bem da depressão é hoje imprescindível. Nos tempos modernos não podemos perder tempo com tratamentos demorados e pouco eficazes. Principalmente enveredar por abordagens sem evidência científica de seu benefício. A associação de antidepressivo e Psicoterapia Interpessoal tem se demonstrado ser a melhor forma de curar a Depressão em poucos meses.

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